Friday, August 12, 2005

Ode a um baixo roubado



Que é de uma abelha sem seu ferrão?
De um viado sem seu macho?
Que sobra de um baixista
após roubarem seu baixo?



Estremeço de pensar
no suave deslizar
da minha mão sobre teu braço.

Estremeco ao cogitar
que mãos rudes vão tocar
suas leves cordas de aço.

Esta noite sonhei que o devolviam
intacto, magnífico e perfeito.
Ou então que o encontravam,
em algum lugar insuspeito.

Porem o mundo é cruel
e ele nunca mais vai voltar
outro companheiro vou ter de encontrar.

Mas outro não terá me acompanhado
no Tropicália, no Black Gold, no Zinc Bar,
como poderá ir comigo ao Tavern Club?

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