Thursday, November 10, 2005

Resenha - Stallone Cobra

Deixe de lado o senso critico e ligue seu machometro no ultimo: Este filme nao deve ser entendido com o cerebro, e sim com os musculos, o sangue, e as visceras. M. Cobretti: este tira e' como nenhum outro: frio, metodico, violento, implacavel. Estas qualidades fazem com que seja o homem escolhido para as missoes consideradas perdidas pelos outros policiais. Nao obstante a sua macheza, Stallone interpreta um personagem profundo, que prega a boa alimentacao, tem como hobby colecionar objetos dos anos 50 e uma sensibilidade de fazer chorar, ao mesmo tempo que chacina uma quadrilha de punks "loucos", que prega o retorno `as condicoes primitivas de existencia social. Afinal, o que esperar de um homem que corta pizza com tesoura? Nada menos que uma brilhante atuacao e tambem a direcao desta magnifica pelicula. Nas entrelinhas, forte critica ao capitalismo em contraposicao com a seducao do avanco tecnologico. * * * * *

Comments:
Vale resaltar as propostas ousadas para resolução do problema da criminalidade, que consiste basicamente em chacinar a sangue frio qualquer pessoa que comete um crime. Tema também explorado em Robocop, outro clássico do cinema macho.

Na verdade a semelhança entre os dois filme é grande, diria até que Robocop é Stallone Cobra, só que sem a parte sensível do filme.
 
O homem publico Maluf tem mostrado grande empenho em tornar essa politica uma realidade em nossa conturbada metropole. Pena que esta' inelegivel por oito anos. Quem sabe numa proxima encarnacao
 
Outra grande proposta gratamente observada nesta maravilhosa obra da sétima arte é a perspectiva bacteriológica com a qual Cobra se refere aos pelintras que o rodeiam: "Você é a doença, e eu sou a cura". Stallone também contribuiu - com um instigante roteiro - para a disseminação de um hábito muito saudável e que também funciona como um imã de mulheres: a manipulação intra-bucal de um singelo palito "Gina"... Viva o Marion!

João Eduardo Cézar de Vilhena
 
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